Cantora Ludmilla abraçando a barriga grávida de sua esposa, Brunna Gonçalves Acervo: @archivebrumilla
Neste sábado, 9 de novembro, Ludmilla fez um anúncio super especial durante o show da turnê Numanice 3: ela e a esposa, Brunna Gonçalves, estão esperando pelo primeiro filho. Nas redes sociais, a notícia também foi contada através de um vídeo, em que a cantora aparece pintando um quadro enquanto Brunna dança – fazendo com que o desenho se transforme em um bebê.
Vocês podem ver essa beldade na íntegra clicando aqui
Como mulher, lésbica e parda vocês não conseguem nem imaginar o tamanho da felicidade que eu estou sentindo enquanto escrevo isso para vocês. O casal mais amado do Brasil, mães do pagode e dos LGBT’s, Ludmilla e Brunna anunciam a gravidez do seu primeiro bebêzinho, uma pessoinha que nem sonhávamos que estava a caminho, porém que já amamos e torcemos pela sua saúde.
Estar e amar, sendo uma mulher como a Ludmilla, a Bru ou até mesmo eu que estou escrevendo, no país que mais mata mulheres, lgbts e negros no mundo é um ato de resistência e força. Formar uma família recheada de amor e saúde então, é uma utopia. E para a nossa felicidade, o casal brumilla alcançou isso. Desejamos a mais profunda felicidade e prosperidade a esse casal e seu bebê a caminho.
Vem com a gou entender um pouquinho mais do método de fertilização que o casal utilizou:
Como a FIV funciona?
Em 2013, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) (Resolução nº 2.013/13) permitiu que as clínicas e serviços de Reprodução Humana realizassem metodologias de Reprodução Assistida em casais do mesmo sexo no Brasil, tornando a possibilidade real.
Contudo, dentre os tratamentos disponíveis, a FIV e a inseminação artificial continuam sendo os mais buscados pelos casais LGBTQIAPN+. Segundo um levantamento de 2022 realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista científica Nature Scientific Reports, 12% dos brasileiros se declaram LGBTQIAPN+, correspondendo a 19 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No caso das mulheres, o tratamento para casais homoafetivos costuma ser mais simples, sendo necessário apenas um doador de sêmen – que pode ser anônimo de um banco de sêmen ou ainda de um parente até quarto grau.
Na FIV, uma das parceiras doa o óvulo e o embrião é transferido para o útero da outra mulher, que será a responsável pela gravidez – também conhecida por gestação compartilhada.
Porém, independente da técnica escolhida pelo casal, é fundamental buscar ajuda de um especialista. “Contar com uma clínica de medicina reprodutiva se tornou uma realidade no Brasil para os casais LGBTQIAPN+, não sendo mais necessário ir tão longe. O Brasil está “par e passo” nas técnicas e resultados dos tratamentos de Medicina Reprodutiva, quando comparado com os outros países. Optar pelo serviço é um fator que traz segurança aos pacientes, além de oferecer informações relevantes”, orienta o especialista.